quinta-feira, 22 de junho de 2017

Caricatura do Mapa da Europa - 1914

Imagem retirada do livro Leviathan de Scott Westerfeld.
Legenda:
Darwinista - Países que ainda utilizam muito os animais em conjunto com máquinas para suprir a demanda do trabalho cotidiano.
Clanker - Países que tem sua tecnologia baseada em máquinas grandes e pesadas, movidas à diesel.
Explicando o mapa:
As potencias Clankers:
A Alemanha é uma enorme máquina militar com armas apontadas para todos os países vizinhos. Aponta ameaçadoramente para a Grã-Bretanha, não tanto como um sinal de agressão direta, mas mais como um indicador de que agora é a vez da Alemanha começar um grande Império global, para desafiar o mundo atual.
O Império Austro-Húngaro é um gigante agressivo e blindado, balançando sobre fundações de má qualidade. É também o principal agressor em uma tomada de terra contra a Sérvia, com duas baionetas perfurando a fronteira.
O Império Otomano é um autômato trepidando, desmoronando sob o peso de uma rede de espionagem paranóica e desajeitada que olha para a Europa através de muitas lentes e binóculos.
O relógio suíço para no tempo, confortável, esperando até que tudo termine.
As potências Darwinistas:
A Grã-Bretanha é um leão militarista com um capacete de tipo itálico romano. Situa-se sobre um montículo de riquezas acumuladas a partir de seu Império.
A besta-elefante da França (que usava o quepe francês com que começou a guerra, antes de adaptar os seus capacetes de bombeiros) é influenciada pelo Collossus Elefantino construído para a Exposição Universal de 1889 em Paris (depois terminou indo para o Moulin Rouge).
A Rússia é um enorme urso imperialista, apodrecendo e cheio de larvas.
A Sérvia é um indicador das enormes quantidades de mortes e sofrimentos civis que todos vivenciaram e estavam sujeitos.
Noruega e Suécia são trolls escandinavos, uma referencia a John Bauer, um ilustrador da época que produziu trabalhos fenomenais durante a guerra.
Portugal é um papagaio para a Entente, tentando incitar uma Espanha adormecida na guerra.
A Irlanda olha com desconfiança para a Grã-Bretanha empunhando um shillelagh (cacetete irlandês). Um indicador de sua relação muito áspera naquele tempo, e de seu envolvimento próximo com as potencias centrais.
Itália é uma embreagem de cobras com intenções maliciosas sobre as potencias centrais, apesar dos acordos existentes entre ambos. A Italia assinou secretamente o Tratado de Londres, 1915, onde lhes foi prometida terra em troca de apoio à Inglaterra e à França contra a Alemanha e a Áustria-Hungria.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Edição crítica de “Mein Kampf” vende 85 mil exemplares em um ano

Berlim – O Instituto de História Contemporânea de Munique (IfZ) informou nesta terça-feira que em um ano foram vendidos 85 mil exemplares da edição crítica de “Mein Kampf” (“Minha luta”), o ideário político de Adolf Hitler cuja publicação foi proibida durante 70 anos na Alemanha. No final de janeiro chegará às livrarias a sexta edição da obra, dois volumes de 1.948 páginas que reúnem o texto original e Hitler, com seus pensamentos antissemitas e nacionalistas, e comentários que questionam e contextualizam suas afirmações. Esta versão crítica começou a ser vendida na Alemanha em janeiro do ano passado após a liberação dos direitos de propriedade intelectual, que tinham ficado sob a custódia do Estado da Baviera depois da morte de Hitler, em 30 de abril de 1945. As autoridades bávaras vetaram durante 70 anos a reedição do livro com o temor de que se transformasse em objeto de culto dos neonazistas e que fosse instrumentalizado pela extrema-direita, embora nunca tenha desaparecido completamente. A obra, que teve impressa 12 milhões de exemplares até a capitulação do Terceiro Reich, era acessível tanto em edições estrangeiras como em sebos, já que sua venda nunca esteve estritamente proibida. Com a liberação dos direitos de propriedade intelectual, a primeira versão colocada à venda foi a do IfZ, que rapidamente esgotou os primeiros quatro mil exemplares impressos. Em comunicado, o diretor do IfZ, Andreas Wirsching, mostrou nesta terça-feira sua satisfação por conseguir um “equilíbrio” entre o trabalho científico básico e a contextualização histórico-política da obra e por fechar a lacuna existente nas pesquisas sobre o nazismo. O objetivo da equipe editorial do Instituto, dirigida por Christian Hartmann, foi oferecer uma edição científica comentada e sólida da obra antes que alguém a colocasse à venda com interesses “propagantistas” e dar ferramentas para enfrentar de forma crítica a “demagogia” de Hitler. O IfZ, afirmou Wirsching, era consciente que, além de um desafio científico, havia implicações sociais e políticas, por isso escolheu a própria editora do Instituto e fixou um preço justo (59 euros) para deixar claro que o objetivo não era ganhar dinheiro. A versão comentada chegou a liderar a lista semanal da revista “Der Spiegel” com os livros de não ficção mais vendidos na Alemanha. O Instituto, fundado em 1949 com o propósito inicial de investigar os fatores que possibilitaram o auge do nacional-socialismo, destacou os vários pedidos de instituições e universidades interessadas em organizar apresentações e debates em torno de sua obra. Segundo o IfZ, a preocupação inicial perante a possibilidade de a obra ser instrumentalizada e impulsionar o ideário neonazista era infundada. A edição comentada, destacou Wirsching, permite conhecer precisamente “as raízes sinistras e as consequências das ideologias totalitárias”

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Como surgiram os aviões e pilotos de caça.


Em abril de 1915, a guerra aérea mudou completamente. Quatro aviões de observação Albatroz, decolando de uma base do V Exército, estavam sobrevoando território francês, de volta de uma missão de reconhecimento. Eles estavam voando desarmados. Mas como estavam a três mil metros de altitude. pensavam que estavam completamente a salvo. de qualquer ataque. Até mesmo os aviões franceses, cujo os observadores estavam começando a imitar Goering e levando consigo metralhadoras, não poderia subir até aquela altitude, com aquela carga. Quando um dos pilotos alemães avistou um monoplano francês se aproximando e avisou seus companheiros, eles continuaram a voar em formação, nenhum deles sentindo a menor preocupação. O que um monoplano francês desarmado poderia fazer a todos eles? O que eles não poderiam imaginar era que o monoplano não apenas estava armado, como também era pilotado por um francês extraordinário, Roland Garros, que estava prestes a fazer de dois aviões alemães as primeiras vítimas de um novo tipo de combate aéreo. Pela primeira vez na guerra aérea, ele estava experimentando uma metralhadora ligeira que disparava as balas por entre as pás da hélice. A arma ainda não estava completamente sincronizada e Roland Garros sabia que algumas balas iriam arrancar grandes pedaços da hélice, mesmo reforçada com cintas de aço. Mas importância teria isso se ele pudesse derrubar pelo menos um?
Ele voou direto contra os quatro aviões inimigos e abriu fogo a curta distância. A asa do avião mais próximo ficou completamente despedaçada, pegou fogo e caiu no mesmo instante. Os outros três se dispersaram, numa confusão aterrorizada, mas Garros perseguiu-os e conseguiu derrubar mais um, antes que os outros desaparecessem em meio às nuvens e seu próprio aparelho começasse a ziguezaguear descontroladamente. Desligando o motor, ele fez a volta e começou a planar para a terra, na direção de sua base e de um lugar seguro para aterrissar. No dia seguinte, com uma nova hélice, ele levantou voo novamente, em sua caçada aos aviões alemães. Nos dezoito dias seguintes, Garros derrubou cinco aviões alemães. Mas sua ação teve efeitos mais profundos, disseminando primeiro a incredulidade e depois o pânico estre os estrategistas aéreos alemães. Como tal coisa podia acontecer? Como um monoplano que parecia disparar por entre as pás da própria hélice?
A 19 de abril, dezoito dias depois do primeiro encontro, os alemães finalmente descobriram. Naquele dia, Garros estava a caminho de novas vitórias quando uma pane no motor, obrigou-o a descer planando e a fazer uma aterrissagem forçada em território alemão, onde foi capturado, antes que pudesse incendiar seu avião. Garros foi levado para um cetro de interrogatório, enquanto o avião era removido dali, para ser submetido a um exame meticuloso.
Um dos homens que estavam projetando aviões para a Força Aérea alemã, era um jovem holandês, chamado Anthony Hermman Gerard Fokker. Como o novo avião que ele acabara de produzir era um monoplano de tipo semelhante ao pilotado por Garros, chamaram-no para examinar o aparelho capturado e sua alarmante arma nova e revolucionária. Será que ele poderia projetar algo assim?
Fokker, que em breve seria reconhecido como um dos maiores projetistas aeronáuticos do mundo, nada conhecia de armas, mas depois de um exame superficial da metralhadora do avião capturado, declarou aos ansiosos alemães, que poderia fazer algo muito melhor.
Ele disse aos alemães que aquela arma, tal como estava, era praticamente suicida. Apontou para as pás da hélice reforçada com aço e explicou: Uma bala pode arrancar uma lasca grande o bastante para destruir o motor ou pode ricochetear e matar o piloto.
Mas isso era totalmente impossível, disseram os alemães.
Pelo contrário, era perfeitamente possível, assegurou Fokker, calmamente.
Fokker, um homem extremamente confiante em suas possibilidades, prometeu aos céticos alemães, que resolveria o problema, produzindo um versão aperfeiçoada da arma de Garros dentro de uma semana. Fato notável que ele descobriu o segredo da sincronização em quarenta dias, fez uma demonstração em terra e eles continuaram céticos quanto a possibilidade de um funcionamento no ar. Fokker então levantou voo, subindo a trezentos metros de altitude, em seguida apontou o nariz do aparelho para um monte de entulhos a um canto da pista e abriu fogo. As balas não apenas espalharam o entulho por toda a parte como também ricochetearam pelo campo, forçando os técnicos alemães a correrem para salvar a vida. Fokker agira assim deliberadamente.
"Quando eles saíram correndo", escreveu Fokker, "cheguei conclusão de que nunca mais esqueceriam que a arma disparava tanto no ar como no chão".
Foi escolhido para a primeira missão um homem que se tornaria um dos maiores ases da aviação alemã, o Tenente Oswald Boelcke. Ele derrubou sua vítima que de nada suspeitava no terceiro voo. Os estratagistas aéreos alemães convenceram-se finalmente da importância vital da nova arma. Foram expedidas ordens para que a arma fosse adaptada a todos os aviões de caça alemães.
No verão de 1915, a Força Aérea alemã era a senhora absoluta dos céus da frente ocidental, com o Fokker E-2, com um motor Oberursel de cem cavalos, no lugar do motor Argus de oitenta cavalos.
O grande ás da Força Aérea alemã no inverno de 1916, era o barão Manfred von Richthofen, apelidado de Barão Vermelho. Era um grande colecionador de vitórias. Cada vez que derrubava um avião inimigo, ele mandava confeccionar uma pequena taça, onde estava gravado o tipo de avião e a data de sua destruição. Quando ele próprio foi abatido, havia oitenta dessas taças na prateleira da lareira. Assim nasceram os ases da aviação de caça.
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"Texto extraído do livro: "O Marechal do Reich", de Leonard Mosley. 1974.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Um pouco sobre a "Suástica" ou "SS"



'Apesar de ser reconhecida como símbolo nazista, a suástica existe muito antes dos alemães a escolherem como signo da raça ariana. Na realidade, trata-se de uma simbologia existente desde o período neolítico.(para fins didáticos).

Nenhum texto alternativo automático disponível.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Refugiados

Após a derrota e a recessão político-econômica que se seguiu no Sul, muitos confederados migraram para outras regiões dos Estados Unidos (primariamente, para o Norte e o Oeste americano). Os Estados confederados em conjunto (com exceção da Flórida e do Texas) sofreram em conjunto um decréscimo populacional de cerca de 300 mil habitantes na década de 1870, 450 mil na década de 1880 e 550 mil na década de 1890. Muitos dos confederados que abandonaram o Sul americano emigraram para outros países, entre eles o Brasil, buscando fugir não somente da recessão econômica, bem como da perseguição e discriminação que se seguiu contra a população confederada. Essa fuga consistiu no maior êxodo populacional da história dos Estados Unidos.
Os confederados encontraram no Brasil terra produtiva para o plantio de culturas das quais eles tinham ampla experiência, como algodão, milho e melancia. Não se sabe ao certo o número de confederados que abandonaram os Estados Unidos e se instalaram no Brasil. Estimativas variam entre quatro mil a vinte mil confederados que imigraram para o Brasil, onde se instalaram primariamente em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo.

União

Alguns historiadores acreditam que a guerra tenha sido a maior falha da democracia. Afinal, como o próprio Lincoln disse no final da guerra: "A guerra foi uma segunda instância, da votação à bala".

O único lema dos Estados Unidos então era "E Pluribus Unum", que significa "De Muitos Um". O lema é uma referência à criação dos Estados Unidos das 13 antigas colônias britânicas. Mas as divergências existentes entre o Norte e o Sul criaram um sentimento de indecisão nos americanos - a escolha entre formar uma única grande nação ou várias nações menores. Porém, o desfecho da guerra claramente estabeleceu que os Estados, por si só, não têm o direito ou o poder de sair da União.

Fim da escravidão

A Constituição americana de 1776 dizia que "todos os homens são iguais". Ironicamente, após a independência ter sido alcançada, e até o fim da Guerra Civil Americana, os Estados Unidos eram o maior país escravista do mundo. Após o fim da guerra, os americanos tentaram fazer esta igualdade uma realidade no país, através da aprovação da 13ª Emenda à Constituição americana, tendo sido ratificada no final de 1865, e que acabou oficialmente com a escravidão no país. A 14ª Emenda foi aprovada em 1868, definia cidadania e dava ao governo federal amplos poderes para forçar os Estados a fornecerem proteção igualitária às leis. A 15ª Emenda foi aprovada em 1870, e dava a todos os afro-americanos do sexo masculino maiores de idade o direito de voto.
Porém, o lugar dos afro-americanos na sociedade americana continuou indefinido, e os afro-americanos continuaram a ser marginalizados em todo país, uma vez que leis antidiscriminação ainda não existiam na época. O sul seria ocupado por tropas do Norte até 1877, e diversos afro-americanos foram colocados em posições importantes do governo dos Estados sulistas, pelo governo americano. A maior parte da população sulista sentiu-se humilhada com estas medidas, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Ku Klux Klan, que empregavam a violência para perseguir os afro-americanos e defender a segregação racial.