quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Um pouco sobre a "Suástica" ou "SS"



'Apesar de ser reconhecida como símbolo nazista, a suástica existe muito antes dos alemães a escolherem como signo da raça ariana. Na realidade, trata-se de uma simbologia existente desde o período neolítico.(para fins didáticos).

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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Refugiados

Após a derrota e a recessão político-econômica que se seguiu no Sul, muitos confederados migraram para outras regiões dos Estados Unidos (primariamente, para o Norte e o Oeste americano). Os Estados confederados em conjunto (com exceção da Flórida e do Texas) sofreram em conjunto um decréscimo populacional de cerca de 300 mil habitantes na década de 1870, 450 mil na década de 1880 e 550 mil na década de 1890. Muitos dos confederados que abandonaram o Sul americano emigraram para outros países, entre eles o Brasil, buscando fugir não somente da recessão econômica, bem como da perseguição e discriminação que se seguiu contra a população confederada. Essa fuga consistiu no maior êxodo populacional da história dos Estados Unidos.
Os confederados encontraram no Brasil terra produtiva para o plantio de culturas das quais eles tinham ampla experiência, como algodão, milho e melancia. Não se sabe ao certo o número de confederados que abandonaram os Estados Unidos e se instalaram no Brasil. Estimativas variam entre quatro mil a vinte mil confederados que imigraram para o Brasil, onde se instalaram primariamente em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo.

União

Alguns historiadores acreditam que a guerra tenha sido a maior falha da democracia. Afinal, como o próprio Lincoln disse no final da guerra: "A guerra foi uma segunda instância, da votação à bala".

O único lema dos Estados Unidos então era "E Pluribus Unum", que significa "De Muitos Um". O lema é uma referência à criação dos Estados Unidos das 13 antigas colônias britânicas. Mas as divergências existentes entre o Norte e o Sul criaram um sentimento de indecisão nos americanos - a escolha entre formar uma única grande nação ou várias nações menores. Porém, o desfecho da guerra claramente estabeleceu que os Estados, por si só, não têm o direito ou o poder de sair da União.

Fim da escravidão

A Constituição americana de 1776 dizia que "todos os homens são iguais". Ironicamente, após a independência ter sido alcançada, e até o fim da Guerra Civil Americana, os Estados Unidos eram o maior país escravista do mundo. Após o fim da guerra, os americanos tentaram fazer esta igualdade uma realidade no país, através da aprovação da 13ª Emenda à Constituição americana, tendo sido ratificada no final de 1865, e que acabou oficialmente com a escravidão no país. A 14ª Emenda foi aprovada em 1868, definia cidadania e dava ao governo federal amplos poderes para forçar os Estados a fornecerem proteção igualitária às leis. A 15ª Emenda foi aprovada em 1870, e dava a todos os afro-americanos do sexo masculino maiores de idade o direito de voto.
Porém, o lugar dos afro-americanos na sociedade americana continuou indefinido, e os afro-americanos continuaram a ser marginalizados em todo país, uma vez que leis antidiscriminação ainda não existiam na época. O sul seria ocupado por tropas do Norte até 1877, e diversos afro-americanos foram colocados em posições importantes do governo dos Estados sulistas, pelo governo americano. A maior parte da população sulista sentiu-se humilhada com estas medidas, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Ku Klux Klan, que empregavam a violência para perseguir os afro-americanos e defender a segregação racial.

Efeitos no militarismo

A Confederação foi abolida pela União, e os Estados rebeldes foram ocupados por tropas da União até 1877.

A Guerra Civil Americana é considerada por vários historiadores como a primeira guerra moderna. O conflito gerou vários avanços na área militar. Táticas e armas foram criadas e introduzidas, que seriam largamente usadas nas próximas décadas, até o começo do século XX. Entre as principais inovações da guerra está a invenção de rifles que podiam atirar várias balas antes de serem recarregados, e o uso das primeiras metralhadoras.
A Guerra Civil Americana foi a primeira guerra onde balões foram utilizados com o propósito de patrulhamento aéreo. Pela primeira vez, ironclads foram utilizados em guerra, bem como submarinos capazes de destruir outros navios. Minas terrestres e aquáticas foram outras inovações. Além disso, pela primeira vez na história mundial, ferrovias foram usadas para movimentar um grande número de soldados de uma região para outra, em questão de poucos dias. O telégrafo também foi usado, para comunicação, pela primeira vez.

Além disso, a Guerra Civil Americana é considerada uma guerra moderna por causa da grande destruição gerada. Foi a primeira guerra total do mundo, onde todos os recursos disponíveis foram usados por ambos os lados para os esforços de guerra.

Sócio-econômicos e culturais

A Guerra Civil Americana drenou os recursos financeiros do Norte e arruinou completamente a economia do Sul. O custo total da guerra foi de 115 bilhões de dólares. Grande destruição ocorreu no Sul por causa da guerra. Inúmeras fábricas, estabelecimentos comerciais e residências foram destruídos e campos foram queimados pelos soldados do Norte. O monopólio mundial do algodão sulista foi destruído. Imediatamente após a guerra houve o aparecimento de grandes ressentimentos e atritos entre a população do Sul e do Norte dos Estados Unidos, que perduraram por várias gerações. Ressentimentos da população sulista contra o Partido Republicano, o partido de Abraham Lincoln, também surgiram. Os republicanos teriam grandes dificuldades em vencer quaisquer eleições federais até a década de 1970, e mesmo em tempos atuais, os Estados do Sul são governados em sua grande parte por democratas.

Nenhum programa governamental foi previsto para a integração profissional e econômica do Sul aos Estados Unidos da América. O Sul perdeu toda sua influência política, econômica e cultural nos Estados Unidos. Os ideais tradicionais do Sul passaram a não ter nenhuma influência no governo federal. Enquanto o conflito assolava os Estados americanos, a exportação de algodão pelos Estados do Sul ao Reino Unido ficou altamente prejudicada - o setor têxtil inglês a importar algodão de duas de suas colônias - o Egito e a Índia, e também incentivando outros países produtores de algodão - inclusive, o setor algodoeiro no Brasil. Foi o "surto nas exportações brasileiras de algodão".

A Guerra Civil Americana causou a urbanização das terras do oeste e das áreas centrais norte-americanas, contribuindo ainda mais para o crescimento da economia, a expansão industrial e o desenvolvimento do capitalismo dos Estados Unidos.

Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela União ao longo da guerra, graças ao esforço de guerra, o Norte cresceu de maneira surpreendente, principalmente na metalurgia, transporte ferroviário, armamentos e naval. Além do desenvolvimento tecnológico, houve ganhos no campo da medicina, escolas e instituições de ensino superior. O comércio cresceu de maneira exponencial, espalhando-se para todo o território americano. O padrão de cultura dos Estados Unidos passou a ser o ideal nortista de "trabalho duro, educação e liberdade econômica a todos", e que eventualmente, faria dos Estados Unidos a maior potência econômica do mundo.

Mais de 60 mil livros e artigos foram escritos sobre a Guerra Civil Americana, fazendo desta guerra uma das guerras sobre as quais mais se escreveu na história da literatura. O poeta americano Walt Whitman predisse, corretamente, após o fim da guerra: "Uma grande literatura deverá surgir desta era de quatro anos".

Baixas



Soldado confederado morto, Petesburg, Virgínia, 1865

Oficialmente, um total de 558 052 soldados morreram durante a Guerra Civil Americana. Considerando soldados desaparecidos, o total sobe para aproximadamente 620 mil. O número de feridos é de aproximadamente 275 mil na União e de 137 mil na Confederação. Estes números fazem da Guerra Civil Americana a mais sangrenta de toda a história dos Estados Unidos. Aproximadamente 360 mil soldados da União e 198 mil da Confederação morreram. O número de americanos mortos na Guerra Civil Americana é maior do que a soma de americanos mortos durante todos os outros eventos da história militar dos Estados Unidos, desde a Revolução Americana de 1776 até tempos atuais. Três quintos de todas as mortes foram causados por doenças, um quinto por lesões e ferimentos e apenas um quinto morreu diretamente em combate.

DESFECHO

Custos da guerra
A guerra terminou com a rendição incondicional das forças confederadas. Não houve conflitos de guerrilha significante. Muitos oficiais do alto escalão da Confederação escaparam para a Europa, o México e o Brasil, entre outros países. Davis foi capturado e aprisionado por dois anos, e libertado em seguida. Nenhum oficial confederado foi processado por traição.

ANÁLISE DA GUERRA

Até hoje, muito se discute por que a União venceu (ou por que a Confederação perdeu) a guerra. As vantagens da União que contribuíram para o sucesso desta, e que são largamente aceitas entre historiadores, incluem:
• A economia industrializada do Norte, em contraste com a economia agrária do Sul. Esta economia industrializada ajudou na fabricação de armas e outros suprimentos.
• A grande e eficiente malha ferroviária do Norte, que permitiu o transporte rápido de tropas. Apesar de o Sul ter ao longo da guerra mais quilômetros de ferrovias per capita, várias destas ferrovias não eram compatíveis entre si, e não formavam uma malha ferroviária consistente - as tais ferrovias serviam primariamente para o transporte de algodão dos campos para os portos. A Guerra Civil Americana foi a primeira guerra da história onde ferrovias desempenharam um importante papel.
• Uma maior população, e taxas maiores de imigração no Norte, que possibilitou que mais pessoas pudessem atuar na guerra como soldados.
• A possessão de uma forte força naval, que levou ao bloqueio econômico bem-sucedido da Confederação por mar.
• O governo estável e popular da União.
• A causa moral proclamada pela Proclamação de Emancipação, que deu à União um incentivo adicional em continuar os esforços de guerra.
• O recrutamento de afro-americanos às forças da União, após a "Proclamação de Emancipação", que foram usados primariamente como arma ideológica contra a Confederação. Afro-americanos não foram autorizados a atuar nas forças militares da Confederação até as semanas finais da guerra.
• O péssimo uso de recursos existentes em ofensivas por parte da Confederação, e na falha desta em usar táticas de guerrilha contra o sistema de transportes e de comunicação da União. • A falha da Confederação em conseguir suporte militar de qualquer outro país, primariamente por causa dos resultados da Batalha de Antietam e da Proclamação de Emancipação, em 1863.

Estados Unidos: 1. A Guerra Civil Americana (Guerra de Secessão)

O intenso crescimento territorial dos Estados Unidos na primeira metade do século XIX, acompanhado de um rápido aumento da população, com muitos imigrantes europeus atraídos pela facilidade de adquirir terras, tornava ainda mais flagrante, o contraste entre o desenvolvimento do norte e o atraso do sul.
No norte, o capital acumulado durante o período colonial, criou condições favoráveis para o desenvolvimento industrial cuja mão-de-obra e mercado, estavam no trabalho assalariado. A abundância de energia hidráulica, as riquezas minerais e a facilidade dos transportes contribuíram muito para o progresso da região, que defendia uma política econômica protecionista. Já o sul, de clima seco e quente permaneceu atrasado com uma economia agro-exportadora de algodão e de tabaco, baseada no latifúndio escravista. Industrialmente dependente, o sul era franco defensor do livre-cambismo, caracterizando mais um contraponto com a realidade do norte.
O Acordo de Mississipi em 1820 proibia a escravidão acima do paralelo 36º40'. Em conseqüência, o presidente Monroe, que assinara o tratado, foi homenageado com a denominação de "Monróvia", para capital do Estado da Libéria, fundado na África em 1847, para receber os escravos libertados que quisessem voltar à sua terra. Em 1850 foi firmado o Compromisso Clay, que concedia liberdade para cada Estado da federação decidir quanto ao tipo de mão-de-obra.
Em 1852, Harriet Beecher Stowe publicou a romance abolicionista A Cabana do pai Tomás, que vendeu 300 mil cópias só no ano de sua edição, sensibilizando toda uma geração na luta pelo abolicionismo. Dois anos depois surgia o Partido Republicano, que abraçou a causa do abolicionismo.
Em 1859, um levante de escravos foi reprimido na Virgínia e seu líder John Brow foi enforcado, transformando-se em mártir do movimento abolicionista. No ano seguinte, o ex-lenhador que chegou a advogado, Abraham Lincoln, elegeu-se pelo novo Partido Republicano. O Partido Democrata, apesar de mais poderoso, encontrava-se dividido entre norte e sul, o que facilitou a vitória de Lincoln, um abolicionista bem moderado que estava mais preocupado com a manutenção da unidade do país. Em campanha Lincoln teria afirmado que "Se para defender a União eu precisar abolir a escravidão, ela será abolida, mas se para defender a União eu precisar manter a escravidão, ela será mantida". Apesar da questão do escravismo ser apenas secundária para Lincoln, o mesmo era visto pelos latifundiários escravistas do sul como um verdadeiro revolucionário.
A eleição de para a presidência dos Estados Unidos aborreceu os sentimentos dos dirigentes políticos dos estados do sul, cuja economia se baseava na cultura intensiva com recurso sistemático à mão-de-obra escrava. No seu discurso de tomada de posse, Lincoln reafirmara o propósito de preservar a unidade da nação americana, colocando à parte a idéia de forçar a abolição do sistema escravagista. Tal atitude não foi suficiente para tranquilizar os elementos mais radicais dos estados do sul, que se constituíram numa Confederação que se separou da União e desencadeou operações militares contra as tropas desta, estacionadas em Fort Sumner (12 de Abril de 1861).

O conflito deste modo desencadeado foi favorável à Confederação durante o primeiro ano de guerra, mas a situação inverteu-se a partir da primavera de 1862, terminando com a derrota militar da Confederação sulista. O Norte, dirigido por Lincoln, dispunha de vantagens significativas, de entre as quais se devem destacar as seguintes:
- Uma população mais numerosa, na ordem dos 22 milhões de habitantes, contra os 9 milhões do sul, dos quais pelo menos um terço eram escravos;
- Agricultura apta a produzir gêneros alimentícios em quantidade e variedade capaz de alimentar não apenas a população civil mas ainda as tropas na frente de combate, enquanto a produção agrícola do sul se limitava a gêneros de exportação, não comestíveis, como o algodão;
- Forte capacidade industrial, aproximadamente cinco vezes superior a do Sul, incluindo o exclusivo quase completo da indústria de armamento.
Enquanto Lincoln colocava a tônica no desiderato de defender a União, recusando ao Sul o direito de se separar do todo nacional, o Sul insistia no seu direito à independência. A questão da escravatura foi assim ficando secundarizada e só voltou ao primeiro plano quando Lincoln (num momento em que se podia já prever a derrota da Confederação, embora à custa de grandes sacrifícios) decidiu introduzir um novo elemento dinamizador da opinião pública do Norte, que simultaneamente funcionasse como fator de desencorajamento da opinião pública do Sul. Fê-lo assinando, em 22 de setembro de 1862, a Proclamação de Emancipação dos escravos, na qual se estipulava que os escravos que vivessem no território da Confederação passariam a ser pessoas livres a partir de 1º de Janeiro seguinte. Deu assim uma grande satisfação ao movimento abolicionista, em cujas preocupações a abolição da escravatura ocupava o primeiríssimo lugar, mudando deste modo o sentido da guerra. A partir deste momento, a guerra trava-se com dois objetivos, um de carácter político (a preservação da unidade nacional) e outro de natureza social (o fim da escravatura), este último com fortes implicações na economia do país.
Passada a primeira fase vitoriosa da guerra, o Sul rapidamente compreendeu que não poderia sair vencedor, mas nem por isso diminuiu o seu esforço bélico. As suas tropas bateram-se sempre com extrema bravura até a rendição final, em 9 de abril de 1865. A batalha mais feroz foi certamente a de Gettysburg (ilustração abaixo), travada durante três dias, com um balanço final superior a cinqüenta mil mortos. Para homenagear os caídos em combate, Lincoln pronunciou um breve discurso, em 19 de maio de 1863, no qual acrescentou uma outra dimensão à guerra - a defesa da democracia, definida como "o governo do povo, pelo povo e para o povo".

 

A Guerra Civil Americana, também denominada Guerra da Secessão, produziu maior número de baixas que qualquer outro conflito em que os Estados Unidos se envolveram. Contaram-se mais de 600.000 mortos e metade do país ficou em ruínas. A reconstrução da economia do país (especialmente a do Sul) foi penosa e longa. A unidade nacional foi preservada, e a abolição da escravatura, proclamada por Lincoln, foi pouco depois consagrada na Constituição (13ª Adenda). O próprio Lincoln caiu vítima de um atentado perpetrado por um radical sulista. Os negros, agora livres, integraram-se no mercado de trabalho como assalariados, mas encontraram enormes dificuldades na conquista da igualdade real. As perseguições brutalíssimas por parte de organizações racistas como o Klu Klux Klan e as discriminações de várias ordens (no direito eleitoral, no mercado de emprego, no acesso ao ensino e à habitação etc.) de que foram vítimas só foram eficazmente combatidas por um amplo movimento social encabeçado por Martin Luther King Jr., na década de 60 do século passado.

Como matar a los negros

A frase dita pelo presidente paraguaio Francisco Solano López depois de receber na barriga o golpe de lança do cabo de ordens do coronel Joca Tavares, seu xará Francisco Lacerda – matem a esos diablos de macacos! –, é reveladora da idéia que seu governo queria fazer dos brasileiros no país.

Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o negro era, antes de tudo, o inimigo. O exército brasileiro era o exército macacuno, e seus líderes, segundo a propaganda lopizta, macacos que pretendiam escravizar o povo paraguaio, conduzindo-os da liberdade à escravidão.


O imperador é definido como um gran macaco representado sempre com uma longa cauda, Caxias um descomunal sapo preto que se locomovia montado numa tartaruga. O Cabichuí, jornal do exército paraguaio, define o soldado brasileiro: "La palabra guaraní camba se aplica a los negros, y más genérica y propriamente al esclavo. Hablar de un brasilero es, pues, hablar de un camba bajo el punto de vista de su color y de su condición de esclavo, y aun mas propriamente de un camba para representar la ruindad, la pequenez, la miseria, el amilanamiento de esa raza despreciable que hasta es una afrenta para la especie humana" (Museo del Barro 1984, Cabichuí, n. 8, 1).

Na imprensa oficial, através do Cabichuí do El Centinela eram freqüentes chamadas como: "Así se cazam los negros"; "Fuego a los negros"; "Como matar a los negros"; "Ejercito macacuno jugando Carnaval"; "Látigo con los negros" etc.

Com base na propaganda poder-se-ia pensar que no Paraguai da época não existiriam negros nem escravos. Por conseguinte não existiriam, também, negros escravos ou ex-escravos no exército paraguaio.

A realidade era diferente. A escravidão não havia sido abolida do Paraguai. O que havia era uma lei do ventre livre promulgada em 1842 por Carlos Lopes, pai de Francisco Solano López. Os libertos da República, os que nasciam de Janeiro de 1843 em diante, deveriam, no entanto, trabalhar para seus senhores, patronos, os homens até a idade de 25 anos e as mulheres até os 24. Era uma liberdade bastante relativa, portanto.

O recrutamento sistemático de escravos no Paraguai inicia-se em setembro de 1865, apenas um ano depois do início da guerra, para preencher as baixas de feridos e de epidemias que assolaram o exército. Destacamentos formados por ex-escravos vindos do interior foram vistos em Assunção em meados de 1966 (Laurent-Cochelet, apud Rivarola, 1988:132). Este seria, no entanto, o segundo contingente importante de homens de cor – negros ou mulatos– incorporados ao exército. O primeiro foi integrado à Divisão que fez a invasão do Mato Grosso e da Argentina, em 1864 e 1865.

Em uma foto de oito prisioneiros paraguaios capturados em 1866 por Flores aparece um negro, com o gorro de couro dos soldados de infantaria pintado com as cores da República paraguaia.


Em setembro de 1866 outro grupo de escravos é alistado para preencher as graves baixas sofridas pelo exército paraguaio nas batalhas de Estero Bellaco e Tuyuti (2 e 24 de maio de 1866). Estes seriam os últimos no território paraguaio (Rivarola, 1988:132-133). Pode-se dizer, de maneira trágica, que a guerra acabou, de fato, com a escravidão no país. Sob o ponto de vista legal, a escravidão no Paraguai foi abolida pelo Conde D'Eu, "baseado em sua própria autoridade" (Schulz, 1994:71), então comandante das forças brasileiras, em setembro de 1869, depois da invasão de Assunção e da virtual, ainda que incompleta, vitória militar dos aliados.

A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai

AS DENÚNCIAS DE QUE O exército brasileiro ao lutar na guerra (1864-1870) era formado por escravos não são novas. Ao contrário, têm pelo menos cento e vinte anos. Seus primeiros autores foram os redatores dos jornais paraguaios da época. Tratavam de menosprezar o exército brasileiro com base no duvidoso argumento de que, por ser formados por negros, deveria ser de qualidade inferior.

Mais recentemente, diversos autores tentaram ressuscitar o argumento de que o exército brasileiro, era formado por negros escravos alistados compulsoriamente.

Soldados negros, ex-escravos ou não, lutaram em pelo menos três dos quatro exércitos dos países envolvidos. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham batalhões formados exclusivamente por negros. Como exemplos temos o Corpo dos Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio Florida. Escravos propriamente ditos, engajados como soldados, lutaram comprovadamente nos exércitos paraguaio e brasileiro.

Para se avaliar corretamente a participação dos negros escravos na guerra é preciso, primeiramente, esquecer ou suspender a questão das nacionalidades envolvidas. Com efeito, se os negros lutaram sob pelo menos três das quatro bandeiras presentes no conflito, o foco da análise deve ser posto sob a situação dos escravos e de seios descendentes nesses exércitos e não sobre suas nacionalidades.

Não repito aqui o erro dos ideólogos lopezitas, que consideravam o exército brasileiro – soldados e oficiais – formado indistintamente por macacos; e nem o dos detratores do Paraguai, que consideravam seu exército formado por caboclos, termo depreciativo que no Brasil designa índios e seus descendentes mais ou menos aculturados, e seu povo formado por descendentes dos guarani, uma vaga referência etnográfica. Negros e índios teriam sido, por essas análises baseadas em simplificações raciais, as maiores vítimas da guerra.

Para além dessas versões ideologizantes, procurarei esclarecer a convocação do negro, ex-escravo, aos exércitos paraguaio e brasileiro, bem como sua participação na guerra.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A história e cultura afro brasileira e a lei 10.639/03: desmitificando a inferioridade racial brasileira.

O histórico cultural do país marca uma trajetória de grandes realizações e concepções, com referências entre diferentes vertentes culturais entre negros, brancos, índios, asiáticos e outros que dão jus ao conceito de miscigenação.

Segundo dados do MEC, o Brasil está em segundo lugar no que diz respeito a grandes populações afro-descendentes (47%), perdendo apenas para a Nigéria. Pode-se dizer que a África é um continente economicamente e culturalmente rico, pois apresenta uma diversidade de riquezas minerais, como petróleo e pedras preciosas. Seus habitantes, ao contrário do outros pensam, são inteligentes, criativos e trabalhadores, porém com a colonização, as terras africanas foram dominadas e perderam cerca de 60 milhões de habitantes devido o tráfico negreiro escravo. Vários grupos pertencentes à mesma tribo com dialetos e costumes comuns foram separados, gerando um violento processo de segregação racial, na qual o africano tornou-se inferior em sua própria pátria, haja visto a vergonha do Apartheid na África do Sul..

Breve resumo da lei 10.639/03
Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e africanas não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O objetivo principal para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram ( contribuem) para a formação da identidade cultural brasileira.
A lei 10639/03 visa fazer um resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria história.
Objetivos

Portanto é urgente a necessidade de se resgatar esta tão bem dita identidade afrodescente. Sabermos quem somos, de onde viemos, porque viemos, e o que trouxemos. E estas respostas não passam pelas legendas ufanistas do “100% negro”, ou do “Negro é Lindo” estampados nas camisetas dos “quase negros” militantes e orgulhosos. Nem ao menos pelos discursos engajados dos militantes de grupos defensores de igualdade. Esta resposta está nas bases do ser e do viver negro.
As respostas que o negro tem que buscar estão nas origens da negritude brasileira e suas ramificações culturais. Chegamos então nas razões e na geografia, primeiro da diáspora afro-brasileira, e chegamos às dispersões destes negros no território nacional, das nações representadas em senzalas heterogêneas para se evitar comunicação e, por conseguinte revoltas organizadas; passa pelo sincretismo religioso criado, primeiro por esta heterogeneidade das senzalas, e depois pela imposição dos senhores de escravos dos negros seguirem a religião católica. Passa, outrossim, pela mistura antropofágica das culturas brancas e indígenas. E quiçá dos invasores franceses e holandeses no nordeste.
Por outro lado, o resgate desta identidade passa, mesmo contra a vontade judaico-cristão, pela religião destes negros trazidos na diáspora. Temos antes que nos lembrar que esta necessidade de se buscar identidade nas divindades africanas, sejam Orisàs, N’kisses, Voduns, tanto quanto seus N’talambos, Mitos de Ifà, Itans de Iforis e outros documentos de transmissão oral, seja Gege, Efon, Yorubà, Kassange, Kambida, Kibundo, Kicongo, Kingola ou qualquer outra nação representada nesta diáspora são culturas milenares e estruturas, antes de tudo sociais. Isto porque, para estas sociedades não há diferenças ou separação da religião animista desenvolvida nestas tribos com a sociedade organizada. Os chefes religiosos são, outrossim, líderes espirituais, formando um complexo mosaico de cargos e hierarquias.
Assim, estudar as bases da cultura afro-descendente faz-se indispensável estudar o culto animista trazido por estes africanos em sua bagagem.
A verdade é que, este estudo traz em seu bojo, antes de uma necessidade de se estabilizar uma identidade negra e, por conseguinte criar uma consciência, resgatar e preservar uma cultura que, por miscigenação e pura antropofagia cultural, se tornou autóctone no Brasil. Pois, esta é hoje uma cultura intrinsecamente nacional, com todas as suas ramificações.
A busca pelo resgate e preservação da memória material e imaterial desta cultura é uma necessidade premente, e traz em suas bases o orgulho do ser e viver negro.
Por outro lado, o desenvolvimento da cultura disseminada e sincretizada no país, como a cultura dos tambores, as dançam, vestimentas, estética, música e literatura, é um fator sine qua non para a preservação desta cultura que se modifica a cada dia. Justamente porque, por ter se tornado uma cultura local, as novas miscigenações transformam estas manifestações a cada dia um pouco, modificando-as e moldando-as a um formato que não poderão mais ser identificados dentro de um prazo curto.

No que tange a necessidade de se conceber um pensamento pedagógico sobre o tema, Conforme Adami (2007) em março de 2005 foram apresentados alguns pontos relacionados à implementação efetiva da lei, tais como: formação de professores e de outros profissionais da educação.
Entretanto, os professores, que em sua formação também não receberam preparo especial para o ensino da cultura africana e suas reais influências para a formação da identidade do nosso país, entram em conflito quanto à melhor maneira de trabalhar essa temática na escola. Nesse sentido, este ponto pode ser um dos obstáculos estabelecidos com a lei 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, visto que a mesma não disciplina nem menciona em nenhum de seus artigos cursos de capacitação voltados à preparação de professores na área.

DEFINIÇÃO DE AFRICANIDADE!

A expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira que têm origem africana. Dizendo de outra forma, queremos nos reportar ao modo de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e, de outro lado, às marcas da cultura africana que, independentemente da origem étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia.
Possivelmente, alguns pensem: Realmente, é verdade o que vem de ser dito, pois todos nós comemos feijoada, cantamos e dançamos samba e alguns freqüentamos academia de capoeira. E isto, sem dúvidas, é influência africana. De fato o é, mas há que completar o pensamento, vislumbrando os múltiplos significados que impregnam cada uma destas manifestações. Feijoada, samba, capoeira resultaram de criações dos africanos que vieram escravizados para o Brasil e de seus descendentes e representam formas encontradas para sobreviver, para expressar um jeito de construir a vida, de sentila, de vivê-la. Assim, uma receita de feijoada, de vatapá ou de qualquer outro prato contém mais do que a combinação de ingredientes: é o retrato de busca de soluções para manutenção da vida física, de lembrança dos sabores da terra de origem. A capoeira , hoje um jogo que promove o equilíbrio do corpo e do espírito pelo seu cultivo, nasceu como instrumento de combate, de defesa.
Africanidades brasileiras, pois, ultrapassam o dado ou o evento material, como um prato de sarapatel, uma apresentação de rap. Elas se constituem nos processos que geraram tais dados e eventos, hoje incorporados pela sociedade brasileira. Elas se constituem também dos valores que motivaram tais processos e deles resultaram. Então, estudar Africanidades Brasileiras significa estudar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver e lutar por sua dignidade, próprio dos descendentes de africanos que, ao participar da construção da nação brasileira, vão deixando nos outros grupos étnicos com que convivem suas influências, e, ao mesmo tempo, recebem e incorporam as daqueles.
Com que finalidades estudar Africanidades Brasileiras?
Muitas são as finalidades por que devemos incluir Africanidades Brasileiras no currículo escolar. Por exemplo:
• ensinar e aprender como os descendentes de africanos vêm, nos mais de quinhentos anos de Brasil, construindo suas vidas e suas histórias, no interior do seu grupo étnico e no convívio com outros grupos;
• conhecer e aprender a respeitar as expressões culturais negras que compõem a história e a vida de nosso país, mas, no entanto, são pouco valorizadas;
• compreender e respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar;
• discutir as relações étnicas, no Brasil, e analisar a perversidade da assim designada democracia racial;
• refazer concepções relativas à população negra, forjadas com base em preconceitos.
Propondo encaminhamentos
Schenetzier dá-nos importantes indicações. A aprendizagem, diz ela, consiste em reorganização e desenvolvimento das concepções dos alunos; implica, pois, mudança conceitual. Embora referindo-se a conhecimentos prévios em Química, a afirmativa da autora também diz respeito à aprendizagem em todas as outras áreas do conhecimento. Calcule-se o valor desse entendimento quando são tratados conteúdos pouco valorizados pela sociedade,quando, ao ensiná-los, pretende-se apagar preconceitos, corrigir idéias, atitudes forjadas com base nas destruidoras ideologias do racismo, do branqueamento. Schenetzier, citando Andersen, pondera que ensinar implica, entre outras coisas, busca de estratégias úteis para proceder à mudança conceitual. Para tanto, os professores deveriam:
• buscar conhecer as concepções prévias de seus alunos a respeito do estudado, ouvindo-os falar sobre elas;
• ajudar os alunos a compreender que ninguém constrói sozinho as concepções a respeito de fatos, fenômenos, pessoas; que as concepções resultam do que ouvimos outras pessoas dizerem, resultam também de nossas observações e estudos;
• lançar desafios para que seus alunos ampliem e/ou reformulem suas concepções prévias, incentivando-os a pesquisar, debater, trocar idéias, argumentando com idéias e dados;
• incentivar a observação da vida cotidiana, observações no contexto da sala de aula, a elaboração de conclusões, a comparação entre concepções construídas tanto a partir do senso comum como a partir do estudo sistemático.
Em se tratando de Africanidades Brasileiras, é preciso acrescentar que:
• de acordo com Silva, deveriam combater os próprios preconceitos, os gestos de discriminação tão fortemente enraizados na personalidade dos brasileiros, desejando sinceramente superar sua ignorância relativamente à história e à cultura dos brasileiros descendentes de africanos;
• organizar seus planos de trabalho, as atividades para seus alunos, tendo presente o ensinamento de Lopes de que na cultura de origem africana só tem totalmente sentido o que for aprendido pela ação, isto é, se, no ato de aprender, o aprendiz executar tarefas que o levem a pôr a mão na massa, sempre informado e apoiado pelos mais experientes. Dizendo de outra maneira, aprender-se realmente o que se vive e muito pouco sobre o que se ouve falar.


Africanidades Brasileiras: uma nova área de conhecimento?
Não necessariamente. Estudos já realizados apontam para uma área interdisciplinar, melhor dizendo, todas as áreas do conhecimento a compõem, desde que abordadas sem perder a perspectiva da cultura e da história dos povos africanos ou deles descendentes.
As Africanidades Brasileiras, no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem, conduzem a uma pedagogia anti-racista, cujos princípios são:
- respeito, entendido não como mera tolerância, mas como diálogo em que seres humanos diferentes miram-se uns aos outros, sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade;
- reconstrução do discurso pedagógico, no sentido de que a escola venha a participar do processo de resistência dos grupos e classes postos à margem, bem como contribuir para a afirmação da sua identidade e da sua cidadania;
- estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileira, que nos encontros e desencontros de umas com as outras se fizeram e hoje não são mais gêge, nagô, bantu, portuguesa, japonesa, italiana, alemã, mas brasileira de origem africana, européia, asiática.
As Africanidades Brasileiras abrangem diferentes aspectos, não precisam, por isso, constituir-se numa única área, pois podem estar presentes em conteúdos e metodologias, nas diferentes áreas de conhecimento constitutivas do currículo escolar.

Negritude e Pós-africanidade

As fotografias que fazem parte da exposição “Negritude e Pós-africanidade” retratam a Big Nitgh Little Haiti, em Miami, e são resultado do material de pesquisa produzido durante um estágio de pós-doutorado no Center for Latin American Studies da University of Miami.A pesquisa desenvolvida se insere numa reatualização do debate sobre identidades étnico-raciais, trazendo à tona uma crítica à associação (amplamente legitimada nas discussões sobre relações raciais) entre as noções de negritude e africanidade. Valendo-se de exemplos em pesquisas realizadas na cidade de Miami (da “diáspora de haitianos”, “migrantes dominicanos” e os “afro-americanos”) bem como de alguns do contexto brasileiro, o eixo argumentativo materializa a necessidade por considerar que as identificações étnico-raciais e a identidade negra não podem mais ser lidas a partir de discursos políticos e pedagógicos que restrinjam a negritude ao discurso da africanidade. Considera-se que esta tese, alimentada de discussões teóricas e exemplos empíricos, insere-se numa discussão bem atual acerca das relações raciais no país, procurando contribuir para novos desdobramentos analíticos sobre o tema. A tarefa de “desconstrução” da associação entre negritude e africanidade, supondo uma nova noção para esse fenômeno em processo, a “pós-africanidade”, resulta numa posição que também pode ser lida como “esquema analítico” instrumentalizável para o estudo de outros fenômenos identitários.Não existem dúvidas de que esta pesquisa poderá inquietar a atores de organizações sociais dedicados a temas que ligam racismo, identidade negra e direitos sociais, bem como a uma comunidade acadêmica que parece ter questionado pouco os nexos entre a negritude e os discursos sobre a africanidade. Pergunta-se: de que maneira o espaço da comunidade, do bairro, os “círculos sociais” e “grupos de pertença” se manifestam entre a população negra na atualidade? É o significante “negro” um elemento socialmente aglutinador do espaço da negritude? E o discurso da africanidade possui certa receptividade valorativa nos dias de hoje? A pesquisa traz à cena discussões que se entrelaçam: sobre a “racialização da sociedade”, a comunidade, a politização das identidades raciais, os processos contemporâneos de individualização e diferenciação social, a interação social em espaços diversos e as situações de conflito vivenciadas pelos jovens negros.

Na terceira sexta-feira de cada mês, a “comunidade de haitianos” de Miami realiza um encontro cultural no “Little Haiti Cultural Center”, no centro do extenso bairro denominado “Little Haiti”. Música, exposição de arte, gastronomia e dança são as diferentes atividades que simultaneamente, e durante quatro horas, concentram a atenção de um público na sua maioria de migrantes haitianos. Nessa oportunidade, a “cultura nacional” se recria ao ritmo de baladas típicas do país, em sotaques do “creole” como língua cotidiana, em comidas típicas e exposições artísticas que não ocultam seu caráter pedagógico para as novas gerações de crianças e jovens. Nas noites cálidas de Miami, Haiti pareceria não estar esquecido no imaginário de muitos de “pele escura” que transitam pela cidade.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Assinatura do Acordo de Munique 29-09-1938

Assinatura do Acordo de Munique 29-09-1938 Benito Mussolini(Itália), Hitler(Alemanha), Edouard Daladier(França) e Arthur Neville Chamberlain(Inglaterra) na cidade de Munique, na Alemanha, entre os líderes das maiores potências da Europa à época. O tratado foi a conclusão de uma conferência organizada por Adolf Hitler, o líder do governo nazista da Alemanha. De 1919 a 1938, período da dissolução do Império Alemão, mais de 3 milhões de alemães étnicos viviam na parte checa do recém criado Estado da Checoslováquia.
O objetivo da conferência era a discussão do futuro da Checoslováquia e terminou com a capitulação das nações democráticas perante a Alemanha Nazi de Adolf Hitler. Este episódio ilustra melhor do que outros o significado da "política de apaziguamento".
A Checoslováquia não foi convidada para a conferência. A conferência é vulgarmente conhecida na República Checa como a "Sentença de Munique". A frase "traição de Munique" também é usada frequentemente, uma vez que as alianças militares em vigor entre a Checoslováquia, Reino Unido e França foram ignoradas.
Foi alcançado com cerca de uma hora e meia um acordo, assinado a 30 de setembro mas datado de 29 de setembro de 1938.Adolf Hitler, Neville Chamberlain, Édouard Daladier e Benito Mussolini foram os políticos que assinaram o Acordo de Munique. O ajuste dava à Alemanha os Sudetas (Sudetenland), começando em 10 de outubro, e o controle efetivo do resto da Checoslováquia, desde que Hitler prometesse que esta seria a última reivindicação territorial da Alemanha.

Chamberlain foi recebido como um herói à sua chegada ao Reino Unido. No aeroporto de Heston, ele fez o famoso discurso, agora inglório, "peace in our time" (paz para o nosso tempo) e acenou com a folha de papel branca para uma multidão em delírio, embora alguns do Reino Unido ainda tivessem questões diplomáticas mal resolvidas para esclarecer a população em geral era a favor do tratado.
A ocupação alemã dos quatro distritos seria feita faseadamente entre 1 de outubro e 7 de outubro. Outros territórios de predominância de população germânica seriam especificados por uma comissão internacional composta por delegados de França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Checoslováquia. A comissão internacional conduziria também eleições nos territórios em disputa.
Winston Churchill disse sobre Chamberlain quanto a este acordo: "Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra".
A 10 de março de 1939, Hitler, desrespeitando o tratado, ordena a invasão do resto da Checoslováquia e as tropas alemãs ocupam Praga.

Resultado de imagem para Assinatura do Acordo de Munique 29-09-1938

O Ditador e a origem do Fusca


Como Hitler influenciou na fabricação do Fusca?

Foi no governo de Adolf Hitler que nasceu o carro mais famoso e vendido de toda a História: o Fusca, da Volkswagen.

Com o crescimento econômico da Alemanha e novas infraestruturas no país e nesse cenário, Hitler queria uma empresa que construísse carros de forma barata e que os automóveis não dessem tanta despesa ao cidadão que o adquirisse.

Desde os anos 1920, muitos engenheiros alemães, principalmente o judeu Josef Ganz já estudavam uma maneira de fazer um carro barato, leve e econômico que suprisse as demandas da sociedade alemã, que ainda seguia em reconstrução.

Como difundido através da história, em 1935, Hitler, durante um encontro com Ferdinand Porsche em um café, teria feito um rabisco em um guardanapo indicando suas ideias de um carro popular. Esse veículo deveria ter espaço suficiente para dois adultos e três crianças, além de refrigeração a ar e um motor dianteiro que rodasse 13km com um litro de combustível, que no caso seria diesel. Outra exigência do líder era que o automóvel não custasse mais do que mil marcos.

Entretanto, segundo um livro escrito pelo historiador Paul Schilperoord (“A verdadeira historia do FUSCA como Hitler se apropriou da invenção de um gênio judeu”), Adolf Hitler roubou a ideia e todo o conceito sobre um carro com fabricação e venda baratas de um engenheiro judeu, Josef Ganz. O livro conta que anos antes, Hitler, ao avistar um protótipo de Ganz, passou a se interessar pela ideia.

A família do covarde Joseph Goebbels

Ministro da Propaganda Nazista de Hitler, 1942

Magda e Joseph Goebbels tiveram seis filhos. Quando os aliados se aproximaram do bunker que a família ocupava em Berlim, em abril de 1945, o casal envenenou todas as crianças e cometeu suicídio na sequência.

Na Foto - Magda e Joseph e seus filhos... Hildegard, Helga, Helmut, Hedwig, Heidrun e Holdine.
Harald Quandt, filho do primeiro casamento de Magda, teve sua imagem inserida na foto (com uniforme militar), no dia não estava no local e sobreviveu.

CENAS FORTES - Confira o Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=trNSlE5HDQM


Irena Sendler e a "vida numa jarra"


Durante a Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler conseguiu permissão para entrar no Gueto de Varsóvia como encanadora e para fazer limpeza de esgoto. Toda vez que ela saia do gueto, escondia uma criança no fundo de sua sua caixa de ferramentas, ou em sacos de lixo. Ela adestrou um cão, para fazer barulho quando ela deixava o gueto, e assim atrair a atenção dos guardas nazistas. Ela salvou 2500 crianças da morte. Nos momentos finais da guerra, ela foi descoberta, e os nazistas quebraram as pernas e braços dela. Quando as crianças chegavam ao seu novo lar, recebiam novos nomes a fim de esconder suas verdadeiras identidades judias. Cada criança salva tinha o nome escrito em papel, e escondido em uma jarra enterrada no quintal dela. Após a guerra, ela pegou o registro de cada uma das crianças, e tentou achar os parentes. As crianças que ficaram definitivamente sem parentes vivos foram orientadas para adoção. Em 2007 ela foi indicada ao prêmio Nobel da paz, mas quem ganhou foi o Al Gore, por seu power-point sobre mudanças climáticas... Ela morreu em 2008, e seu trabalho é hoje continuado, em uma organização que se chama "vida numa jarra" (life in a jar).

*Na NetFlix tem filme sobre ela
"O Coração Corajoso de Irena Sendler" - Filme 2009

VÍDEO: Notícia da morte de Irena Sendler em 2008. confira!
https://www.youtube.com/watch?v=Uh6snBZ9s3Y&list=PLcUkINp9DfytmjhtbW3Sfkg9_Ac92h6xg

JOSEPH GOEBBELS

JOSEPH GOEBBELS OLHANDO COM OLHAR DE RAIVA -1933

Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda Nazista de Hitler, num olhar assustador e até mesmo de raiva, após saber que o Fotografo Alfred Eisenstaedt era um Judeu.



Fotos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas


Comunismo no Mundo

Pacto de Varsóvia

URSS

Simbologia Comunista

A Simbologia Comunista normalmente incorpora símbolos que representem os trabalhadores industriais ou os camponeses de um país, o que se costuma chamar de proletariado. Estes símbolos, juntamente com umaestrela de cinco pontas representando tanto os cinco continentes habitados como os cinco componentes da sociedade comunista (os camponeses, os operários, o exército, os intelectuais e a juventude) aparecem emamarelo num fundo vermelho, representando a revolução.



A bandeira da União Soviética incorporou a estrela vermelha fimbriada em amarelo-ouro e, na mesma cor, a foice e martelo como símbolos à frente de um plano Vermelho. O símbolo da foice e martelo se tornou o símbolo comunista universal, presente na maioria dos partidos comunistas ao redor do mundo. Entretanto, a bandeira do Partido Trabalhista da Coreia inclui um martelo representando os trabalhadores industriais, e uma enxada representando os trabalhadores do campo, além do pincel (usado na caligrafia coreana) representando a intelectualidade.








União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (da sigla em russo: Союз Советских Социалистических Республик)



Brasão de Armas

Golpe de Agosto de 1991

Em 19 de agosto de 1991, um dia antes de Gorbachev e um grupo de dirigentes das Repúblicas assinarem o novo Tratado da União, um grupo chamado Comité Estatal para o estado de emergência) tentou tomar o poder em Moscou. Anunciou-se que Gorbachev estava doente e tinha sido afastado de seu posto como presidente. Gorbachev foi, então, em férias a Crimeia onde a tomada do poder foi desencadeada e lá permaneceu durante todo o seu curso. O vice-presidente da União Soviética, Gennady Yanaiev, foi nomeado presidente interino. A comissão de 8 membros, incluindo o chefe da KGB Vladimir Krioutchkov e o Ministro das Relações Exteriores, Boris Pougo, o ministro da Defesa, Dmitri Iazov, todos os que concordaram em trabalhar sob Gorbachev. Manifestações importantes contra líderes do golpe de Estado ocorreram em Moscou e Lenin grado, lealdades divididas nos ministérios da Defesa e Segurança impediam as forças armadas de vir para superar a resistência que o Presidente da Rússia Boris Yeltsindirigia desde a Câmara Branca, o parlamento russo. Um assalto do edifício projetado pelo Grupo Alfa, Forças Especiais da KGB, depois que as tropas foram recusando-se unanimemente a obedecer. Durante uma das manifestações, Yeltsin permaneceu de pé em um tanque para condenar a "Junta". A imagem disseminada pelo mundo foi à televisão, torna-se um dos mais importantes do golpe de Estado e reforça fortemente a posição de Yeltsin. Ocorrem confrontos nas redondezas das ruas que conduziram o assassinato de três protestantes, Vladimir Ousov, Dmitri Komar e Ilia Krichevski, esmagados por um tanque, mas, em geral, houve poucos casos de violência. Em 21 de agosto de 1991, a grande maioria das tropas que são enviadas a Moscou se coloca-se abertamente ao lado dos manifestantes ou são desertores. O golpe falhou e Gorbachev, que tinha atribuído à sua residência dacha na Crimeia, regressou a Moscou. Após o seu regresso ao poder, Gorbachev prometeu punir os conservadores do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Demitiu-se das suas funções como secretário-geral, mas continua a ser presidente da União Soviética. O fracasso do golpe de Estado apresentou uma série de colapsos das instituições da união. Boris Yeltsin assumiu o controle da empresa central de televisão e os ministérios e organismos económicos.

Em 18 de agosto, quando se encontrava de férias na Crimeia, Gorbachev foi confinado em sua residência e declarado "incapaz de assumir suas funções por motivos de saúde" em um golpe de Estado planejado pelos conservadores do aparato, a KGB e alguns chefes militares. Gennady Yanaev, vice-presidente da URSS, assumiu interinamente a presidência, e uma liderança coletiva composta por oito pessoas, declarou estado de emergência, o restabelecimento da censura e emitiu uma proclamação justificando o golpe. A resistência foi liderada desde o início por Boris Yeltsin, que, a partir do Parlamento russo, chamado para a desobediência civil e a greve geral. A crescente oposição em Moscou e Lenin grado, a condenação internacional e a deserção de algumas unidades militares, que passaram a obedecer a Yeltsin, dividiu e paralisou os golpistas. O golpe de Estado foi abortado em 21 de agosto, quando os membros da Comissão do Estado foram dispersados antes de serem presos. Gorbachev liberado, retornou a Moscou e fortemente apoiou e incentivou mudanças radicais que a nova situação exigia. As atividades do PCUS foram declaradas ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (29 de agosto), foram dissolvidos os órgãos centrais e abriu-se um novo período constituinte. Em 6 de setembro de 1991, o Conselho de Estado reconheceu a independência da Estônia, Letônia e Lituânia. Nos meses que se seguiram, sucessivas proclamações de independência das repúblicas e ocolapso econômico aceleraram a perda de autoridade política de Gorbachev, que falhou na tentativa de concluir o Tratado que deveria conduzir a uma União de Estados soberanos para substituir a antiga organização do Estado. Em8 de dezembro de 1991, as três repúblicas eslavas, Rússia, Bielorrússia e Ucrânia formaram a Comunidade de Estados Independentes (CEI), aberta para o resto das repúblicas que acabou, na prática, pondo fim ao estado soviético. No dia 21 de dezembro, 11 das 15 repúblicas soviéticas, em Alma Ata, capital do Cazaquistão, endossaram a CEI, decretando o fim da União Soviética. Gorbatchov governou sem apoio durante mais quatro dias e em 25 de dezembro de 1991, renunciou e declarou que a União Soviética deixaria de existir oficialmente em 31 de dezembro de 1991; a atual Federação Russa assumiu no plano internacional os compromissos e a representação do estado desaparecido, tornando-se a legítima sucessora da URSS. Todas as repúblicas que formavam a URSS foram reconhecidas internacionalmente como estados independentes

No Leste Europeu, os países socialistas, como a: Polônia, Tchecoslováquia, Romênia, Hungria, Iugoslávia, Albânia,Bulgária e Alemanha Oriental, foram gradativamente declarando a independência do partido socialista e todos tornaram-se capitalistas e de governos democráticos (exceto na Iugoslávia onde houve guerra civil e separatista). ATchecoslováquia se separou de forma amigável.

Tratado da União dos Estados Soberanos

Na metade do ano de 1990 e início de 1991, a situação política e econômica na União Soviética se agravou e para tentar reverter essa crise o presidente Mikhail Gorbatchov, pensou em primeiro resolver o problema político e étnico soviético para depois reformar a economia. O novo Tratado da União dos Estados Soberanos foi um projeto de tratado que teria substituído o de 1922 (Tratado da Criação da URSS) e, portanto, teria substituído a União Soviética por uma nova entidade chamada União de Estados Soberanos, uma tentativa de Mikhail Gorbachev para recuperar e reformar o Estado soviético. O Presidente Gorbachev tentou ganhar o apoio popular à proposta. Em 17 de marco de 1991 referendo foi realizado em nove das quinze repúblicas (RSFS da Rússia, RSS da Ucrânia, RSS da Bielorrússia, RSS do Cazaquistão, RSS do Azerbaijão, RSS do Uzbequistão, RSS do Quirguistão, RSS do Turcomenistão e RSS do Tadjiquistão) que participou da elaboração do tratado. No referendo, 76% dos eleitores da URSS apoiaram a manutenção do sistema federativo da União Soviética, incluindo a maioria de todas as nove repúblicas. A oposição era parte integrante das grandes cidades, como Moscou e Lenine grado. O referendo foi boicotado nas outras seis repúblicas que favoreceu a Independência. Um acordo entre o governo central e nove repúblicas soviéticas, o acordo "9+1", foi finalmente assinado em Novo-Ogaryovo, em 23 de abril. O novo Tratado da União transformava a União Soviética em uma federação de repúblicas independentes, com um presidente, a política externa e militar comum. Em agosto, oito das nove repúblicas (todas menos a Ucrânia) aprovaram o novo projeto de Tratado sob certas condições. A Ucrânia concordou com os termos do tratado. Em 17 de março de referendo, a maioria dos residentes na Ucrânia apoiaram a união em termos da Declaração de Soberania do Estado da Ucrânia. O dia para ser posto em prática esse novo tratado, estava previsto para acontecer no dia 20 de agosto do mesmo ano.



Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) e Guerra Fria (1945-1991).





Lênin foi o grande nome da formação da União Soviética, ele foi o responsável por conduzir os trabalhadores na revolução e por estruturar a política e a economia do novo país. Após sua morte, Stalin assumiu o controle da União Soviética (instalando uma ditadura socialista que se estenderia até a década de 1950).A URSS Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ) que era baseada nas pequenas explorações agrícolas, industriais e comerciais à iniciativa privada, por se tratar de um grupo com bases comunistas, passou ilesa pela Crise de 1929 que abalou profundamente vários países capitalistas. e com o final da Segunda Guerra Mundial(1939 a 1945) ,em que a União Soviética foi uma das grandes vencedoras junto dos Estados unidos, consolidando-se não só como uma grande potência econômica mas também militar. Mais tarde rivalizaria com os EUA na chamada Guerra Fria(1945-1991). Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS. Guerra Fria foi um confronto ideológico que colocou em choque as ideologias capitalistas e comunistas no mundo. Os líderes do capitalismo eram os Estados Unidos e do comunismo era a União Soviética. Como ambos os países, vencedores da Segunda Guerra Mundial, desfrutavam de armamento capaz de realizar uma mútua destruição, o confronto direto entre eles não ocorreu. Em lugar disso, vários conflitos surgiram no mundo tendo a influência e o apoio, militar e econômico, de tais países. O grande símbolo da Guerra Fria foi o Muro de Berlim, o qual cortou a cidade alemã de Berlim em lado ocidental e lado oriental, sendo ocidental capitalista e oriental comunista.

Os líderes da União Soviética durante o regime socialista.

Vladimir Lênin (8 de novembro de 1917 a 21 de janeiro de 1924).

Joseph Stalin (3 de abril de 1922 a 5 de março de 1953).

Nikita Khruschov (7 de setembro de 1953 a 14 de outubro de 1964).

Leonid Brejnev(14 de outubro de 1964 a 10 de novembro de 1982).

Iuri Andropov (12 de novembro de 1982 a 9 de fevereiro de 1984).

Konstantin Chernenko(13 de fevereiro de 1984 a 10 de março de 1985).

Mikhail Gorbatchov (11 de março de 1985 a 24 de agosto de 1991).

Formação da URSS (1922)

Após o fim da guerra civil, a Rússia pôde por em prática seus ideais socialistas. Instalou-se pela primeira vez no mundo e de forma institucional, o regime socialista. Empenhada em solucionar seculares problemas socioeconômicos, a Rússia situou-se como um modelo para países que enfrentavam dificuldades semelhantes, especialmente para os que recebiam sua influência direta cultural e política, em virtude da proximidade geográfica. A partir daí, a expansão do socialismo passa a ter conotação geopolítico-ideológica, fator que definiu, em 1922, a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS, USSR ou CCCP), abrangendo os territórios antes pertencentes ao Império Russo .Eram, portanto, 15 Estados formando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão), com a direção do partido comunista centralizado em Moscou ,numa área territorial de aproximadamente 22 milhões de Km2 de extensão , englobando os Países Bálticos, o leste da Polônia, a Besserábia e excluindo apenas a Polônia e a Finlândia.

Revolução Russa (1917) e Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II (O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia) onde, Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar. No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar. Os gastos com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório. Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único, O Partido Comunista (PC).

Fim da URSS

O ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com a mídia livre para discutir. Ainda que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a perestroika (reconstrução) e a glasnost (transparência) de Gorbachev tiveram grande efeito positivo na sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair. A Polônia e a Hungria negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do partido Solidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime socialista. e na noite de 9 de novembro de 1989 o Muro de Berlim começou a ser derrubado depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl. Em 1990, com a reunificação alemã, a União Soviética cai para o posto de quarto maior PIB mundial. Este quadro piora rapidamente com a nova crise da transição para o capitalismo nos anos 1990, quando a Rússia torna-se o 15º PIB mundial. Entre 1987 e 1988 a URSS abdica de continuar a corrida armamentista com os Estados Unidos, assinando uma nova série de acordos de limitação de armas estratégicas e convencionais. A URSS inicia a retirada do Afeganistão e começa a reduzir a presença militar na Europa Oriental. O governo soviético pressiona aliados pela negociação de paz em conflitos como a Guerra Civil Angolana, onde os termos para o fim do conflito são estabelecidos em acordo com os EUA, Angola, Cuba e África do Sul. Esta nova postura também significou a redução de todas as formas de apoio (político, financeiro e comercial) que esta potência dava a regimes aliados em todo o mundo. No plano interno, Gorbatchov enfrentou grandes resistências da oligarquia e dos burocratas partidários (os apparatchiks). A linha dura do partido via a postura de Gorbatchov no plano internacional como covarde e acusava-o de trair a URSS e o socialismo. Estes grupos eram contra a retirada do Afeganistão e defendiam que a URSS deveria intervir nos países da Europa Oriental que estavam passando por processos de democratização e abandonavam o socialismo, como a Polônia. Em 1991, setores mais belicistas do governo soviético defenderam que a URSS deveria ter apoiado o Iraque na Guerra do Golfo contra a coalizão de países liderada pelos Estados Unidos e passaram a criticar o governo Gorbatchov como fraco.

(Livros) Fim da União Soviética

Tema: Fim da URSS
Fontes de Pesquisa:

Livro História das Cavernas ao terceiro milênio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
http://www.brasilescola.com/historiag/urss.htm
http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/urss_crise_russa.aspx
https://www.youtube.com/watch?v=z0tPJb0Vcgs
http://www.youtube.com/watch?v=RacHymszp5U
http://www.gorby.ru/gorbachev/zhizn_i_reformy1/page_1/
http://www.youtube.com/watch?v=206h8GDA-T4
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/855145-russos-lamentam-o-fim-da-urss-e-sonham-com-a-volta-dos-dias-de-protagonismo-politico.shtml
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/o-fim-da-uniao-sovietica.html
http://www.infoescola.com/historia/20-anos-do-fim-da-urss/
http://www.brasilescola.com/geografia/leste-europeu-paises-que-formaram-urss-parte-i.htm
http://wallpoper.com/wallpaper/cccp-communist-365670
http://onlyhdwallpapers.com/high-definition-wallpaper/communism-cccp-ussr-desktop-hd-wallpaper-754535/
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/2001/ussr/maps/default.stm
http://onlyhdwallpapers.com/high-definition-wallpaper/cccp-ussr-desktop-hd-wallpaper-697715/
http://www.deviantart.com/morelikethis/43467543?view_mode=2#skins
http://www.wallchan.com/wallpaper/11312/
http://www.wallchan.com/wallpaper/11314/
http://www.mundovestibular.com.br/articles/252/1/FIM-DA-URSS-E-A-CRISE-RUSSA-/Paacutegina1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
http://www.ufrgs.br/fce/?p=1311

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Blood on the Risers

"Blood on the Risers" foi uma canção muito famosa e cantada durante a Segunda Guerra pelas tropas Aerotransportadas norte-americanas (Airborne) incluindo a 82ª , a 101ª Divisão Aerotransportada , a 173 Brigada Aerotransportada e 4ª Brigada Combat Team (Airborne) da 25ª Divisão de Infantaria.


Blood Upon The Risers

He was just a cherry trooper and he surely shook with fright
as he checked all his equipment and made sure his pack was tight 
He had to sit and listen to the awful engines roar, 
And he ain't gonna jump no more. 

CHORUS: 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
He ain’t gonna jump no more. 

"Is everybody happy?" cried the Sergeant, looking up. 
Our hero feebly answered "yes," and then they stood him up. 
He leaped right out into the blast, his static line unhooked. 
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS: 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
He ain’t gonna jump no more. 

He counted long, he counted loud, he waited for the shock; 
He felt the wind, he felt the clouds, he felt the awful drop; 
He jerked his cord, the silk spilled out and wrapped around his legs. 
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS: 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
He ain’t gonna jump no more. 

The risers wrapped around his neck, connectors cracked his dome; 
The lines were snarled and tied in knots, around his skinny bones; 
The canopy became his shroud, he hurtled to the ground. 
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS: 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
He ain’t gonna jump no more. 

The days he’d lived and loved and laughed kept running through his mind; 
He thought about the girl back home, the one he’d left behind; 
He thought about the medics and wondered what they’d find. 
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS:
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
He ain’t gonna jump no more. 

The ambulance was on the spot, the jeeps were running wild; 
The medics jumped and screamed with glee, they rolled their sleeves and smiled; 
For it had been a week or more since last a chute had failed.
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS:
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die
He ain’t gonna jump no more. 

He hit the ground, the sound was splat, his blood went spurting high; 
His comrades were then heard to say, "A helluve way to die"; 
He lay there rolling ‘round in the welter of his gore. 
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS: 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
He ain’t gonna jump no more. 

There was blood upon the risers, there were brains upon the chute; 
Intestines were a-dangling from this paratrooper’s boots; 
They picked him up, still in his chute and poured him from his boots. 
He ain’t gonna jump no more. 

CHORUS: 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 
Gory, Gory, What a helluva way to die 

He ain’t gonna jump no more

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A Segunda Guerra Mundial, Histórias e Estratégias

A geopolítica global nunca mais foi a mesma depois da Segunda Grande Guerra. Em maior medida que o primeiro conflito, a guerra de 1939-1945 merece ser chamada de mundial. Isso porque mobilizou a tota-lidade das forças morais e físicas dos beligerantes, provocando o desenvolvimento de sistemas de propaganda e de economia de guerra num nível jamais alcançado antes. Além disso, as operações aconteceram em cenários variados - Europa, norte da África, Oriente Próximo, Extremo Oriente e Pacífico - e exigiram novos sistemas de armas, modificando definitivamente os dados táticos e estratégicos. Esse conflito “fora das normas” também foi absoluto, não somente pela extensão dos massacres, pelo emprego de meios de destruição em massa ou pelo desencadeamento das paixões, mas também por seu desfecho: a capitulação total dos vencidos.

Causas, O início de tudo.

Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes

O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia. - Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas. - De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. - O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Levem na Esportiva AUHSUAHSAHSAH


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Maria Vasilyevna Oktyabrskaya

(Crimeia, 16 de agosto de 1902 — Fastiv, 15 de março de 1944) foi uma combatente russa da Grande Guerra Patriótica e a primeira mulher a se tornar condutora de um tanque. Maria conduziu um tanque modelo T-34 com as suas próprias mãos. Recebeu a Ordem dos Cavaleiros de Lênin e é considerada Herói da União Soviética. Também era conhecida como Maria Garagulya.